domingo, 26 de fevereiro de 2012

dízimo à Deusa Musa - divina dádiva!




É nosso dever darmos graças, é a melhor parte de nossa luta esse doce e alegre luto, pagar sempre tributo à Mulher.


No bônus, o primeiro poema que ensaiei para elas, um soneto já antigo, inspirado que foi nas peripécias de um amigo com elas, na verdade um parente inconsequente, cabra da peste que foi à Oktoberfest em Blumenau e se deu mal, meteu a mão onde não devia e quase perdia o seu pobre pau... Também, era a dona da casa...

Na verdade o soneto do bônus é então não só uma louvação, mas uma peça de defesa - Tão necessária!

absaam


AINDA OUTRO ENSAIO POÉTICO PARA AS MUSAS


É necessário, a quem planeja e quer
ser pelo menos um poeta razoável,
tendo nascido desse sexo sem nexo
que acho ser o frágil macho,
voltar sempre ao tema da Mulher

- A Música com Ciência,
a mosca com consciência,
a Musa por excelência!

A Droga é apenas a mais fácil e falsa das mulheres,
e a Morte, a mais fiel
- Talvez por isso mesmo a mais cruel.

Ai, mas o mais concreto e místico dos alimentos,
o mais efetivo dos medicamentos,
a mais pura das figuras,
a mais sagrada e mais safada das imagens ideais,
também se corrompe e morre,
dá congestão e vômitos enquanto nos socorre,
- o melhor remédio para o velho tédio
também tem seus terríveis efeitos colaterais...

Chifres, traição, abandono, futilidades...

- Tolices que inventamos,
e contra elas também perpetramos,
nós os homens, deuses lobisomens,
velhas crianças, grandes trapaceiros,
primeiros e verdadeiros grandes mestres da maldade!

- Por aqui calo, paro meu canto,
mas só por enquanto...
E me perdoe algum desencanto, minha querida
Música Melhor, Musa Mulher
- sem ti sequer vida haveria,
e a Poesia era coisa perdida, Musa Bandida,
Maga da minha mente - essa mosca demente -
pois sei que a Vida com suas penas...

Ah, não me iludo, tudo é apenas e tão somente
a tua mágica trágica,

Maga mais querida, musa mais amada,
bela mascarada do caralho!


Antônio Adriano de Medeiros



bônus bom - nuas


MULHERES


Bruxas malvadas quando nos desprezam,
musas do bem quando amam-nos...
Quantos homens, toda noite, confiantes rezam
sonhando com a doçura de dois seios nus?

Gatas manhosas, donas-de-casa fiéis,
loiras, morenas, índias, pretinhas, orientais...
Quando na cama se mostram pródigas em ais,
a qualquer um fazem gastar milhões de réis!

Possuem o néctar que alimenta a vida pura,
têm o remédio que á pior desgraça cura
- Ah, por mais que tente respeitar regras e normas,

e obedecer a bonitos argumentos filosóficos e morais,
jamais resistirei ao convite de tuas formas...
Talvez porque nelas haja beleza demais!


Antônio Adriano de Medeiros