domingo, 6 de junho de 2010

EROS











“... e Eros: o mais belo entre deuses imortais”

Hesíodo, Teogonia, 120


Pode um simples mortal compreender

o que inteiramente é tão complexo

que é dois sendo um num mesmo Ser

como algo que a si se faz fazendo sexo?

Algo que existisse em eterno amplexo

entre dois pólos opostos sem o ser?

Algo que ao masturbar-se faz crescer

a tudo mais que existe terá um nexo?

Como se define algo que é indefinível?

Como se pode crer em algo incrível?

A tal Fenômeno já deram nomes tantos

que até o chamaram “Eros e Tânatos”.

Mas se fossem todos sábios e sinceros

diriam o quê decerto o sabem altos cleros:

que não há morte, pois Deus é todo Eros.


Antônio Adriano de Medeiros


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