
“... e Eros: o mais belo entre deuses imortais”
Hesíodo, Teogonia, 120
Pode um simples mortal compreender
o que inteiramente é tão complexo
que é dois sendo um num mesmo Ser
como algo que a si se faz fazendo sexo?
Algo que existisse em eterno amplexo
entre dois pólos opostos sem o ser?
Algo que ao masturbar-se faz crescer
a tudo mais que existe terá um nexo?
Como se define algo que é indefinível?
Como se pode crer em algo incrível?
A tal Fenômeno já deram nomes tantos
que até o chamaram “Eros e Tânatos”.
Mas se fossem todos sábios e sinceros
diriam o quê decerto o sabem altos cleros:
que não há morte, pois Deus é todo Eros.
Antônio Adriano de Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário