sexta-feira, 23 de julho de 2010

FANTASMA



Hoje é a Noite, é a sexta das bruxas.
Pairam perfumes das flores mais raras,
de várias cores, flores negras, claras;
fugaz beleza, nunca flores murchas.

Quero o perfume de antigos castelos;
quero a saudade de velhos fantasmas;
penteadeiras com fios de cabelos,
fossos que emanam estranhos miasmas.

Quero as histórias de belas princesas
correndo ao largo, no lago, inquietas.
Quero a senzala com todas as pretas!

- Velho soneto das delicadezas
nem sempre acaba em cuspe ou tumor:
há os fantasmas do antigo amor.

Antônio Adriano de Medeiros

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