segunda-feira, 5 de abril de 2010


 A METÁFORA DO GÓLGOTA



Talvez existisse ainda uma metáfora
nas cruzes de Roma no Monte da Caveira.
Talvez houvesse nas pendidas escápulas
um retrato da humanidade inteira.
Um terço de justos e dois terços de ladrões
talvez seja realmente a porcentagem
que retrata, nas mais devidas proporções,
os seres que trajam de homens a roupagem.
Um terço de ingênuos vive e morre em vão:
são os melhores homens, que têm um ideal.
Dos dois terços restantes, chamam de “mau ladrão”
àquele criminoso, o que perpetra o Mal.
O que sobra, afinal, é homem de valor,
pois todo bom ladrão é um empreendedor.

Antonio Adriano de Medeiros

2 comentários:

  1. Todo o bom ladrão é um empreendedor!

    Grande verdade, Adriano.

    grande abraço
    jorge

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  2. Amigo Jorge,

    grande poeta,

    o que seria da vida prática, do Comércio - que criou tudo -, do Direito, da Medicina, da Religião, do Capitalismo, da Civilizaçõa enfim, sem o Bom Ladrão?

    Grato pela leitura e comentário,
    abraço,
    AAM

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